INSTITUTO BIOSEGREDO

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Manual de Instruções

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Quando nascemos aqui no planeta chegamos como uma encomenda que é entregue mais ou menos no tempo certo, porem, não vem acompanhado de manual de instruções, sem termo de garantia de funcionamento e ainda sem data de validade...

Por esta razão, os pais quando começam a enfrentar problemas na educação dos filhos não tem a quem reclamar e tampouco acionar o Procom ou qualquer outro órgão de proteção ao consumidor.


É interessante observar o desempenho de vida do ser humano por este aspecto. Sabemos, no entanto que estamos aqui para evoluir, mas, qual parte de nós deve e pode evoluir?


E, se estamos aqui para evoluir qual o caminho correto a percorrer para encontrar essa tal evolução? Ou seja, o que estamos fazendo aqui e por quanto tempo?


Interessante que nascemos sozinhos, e também sozinhos e individualmente vamos conquistando cada passo desse caminho de forma instintiva, do nosso jeito, por mais que os pais ou familiares queiram ou tentam nos ensinar como deve ser feito.


Tanto é assim que aprendemos a administrar nosso corpo físico que é a ferramenta de transporte desse nosso caminho pelos corredores da evolução do planeta.

Literalmente aqui chegamos e nos preparamos desde muito cedo para alçar um vôo, único e particular que só a nós pertence e que não podemos trocar ou transferir para quem quer que seja, por mais difícil a situação em que nos encontramos se apresente.

E o veiculo de carga e transporte para tal vôo é o corpo físico construído com as energias do planeta. E com tal afinidade por ser da mesma matéria que o próprio planeta ajustamos nossa condição de ser humano fazendo literalmente parte do planeta como um todo.


Para empreender essa viagem turística de aprendizado iniciamos o processo de autoconhecimento para poder manobrar essa incrível maquina humana e assim percorrer o percurso por nós estabelecido antes de aqui chegar.

Assim, construído o corpo, começamos a nos adaptar a nova fase de vida. Aprendemos a respirar, engolir, mamar o alimento enquanto ainda não temos condição de ingerir alimentos sólidos.

Aprendemos a enxergar com os olhos, respirar pelo nariz e sentir odores identificando-os. Ouvir os sons e reconhecê-los do mesmo modo que fazemos com o paladar que inicialmente só conhece o sabor do leite materno, mas que aos poucos vai se acostumando com novos sabores, salgados, doces, líquidos, sólidos...


Aprendemos tudo sozinhos, embora muitas vezes os adultos que nos cercam tentam nos ensinar do seu jeito. E o sistema de aprendizado é pelo experimento. Cada ato, cada função em particular é experimentada e sentida para então decidirmos se é bom ou não para nosso uso ou caminhada.

Assim construímos nossa base, caindo, levantando e tentando novamente de outro jeito até que encontramos e equilíbrio e passamos a andar com naturalidade.

Assim fazemos com a fala, e tudo o mais.


Quando nos damos conta que estamos prontos para exercer o poder de decidir o que fazer com nossa vida para atingir o objetivo único que nos propusemos de evoluir começamos a entender que temos que seguir determinadas regras ditadas pela educação que recebemos e passamos a confundir a forma de decidir o que é o melhor para nós.


Vamos à escola e aí confundimos mais ainda nosso programa original porque nos ensinam que temos que competir e ser o melhor em tudo ao mesmo tempo em que devemos fazer tudo igual aos outros desde comportamento social até conquistas pessoais.


Atingimos a fase adulta e não temos mais certeza de nada. Quando iniciamos a caminhada, sabíamos o que fazer e como repetir a operação proposta até escolher o melhor jeito, o nosso jeito, mesmo que fosse o simples fato de caminhar com as próprias pernas.


As decisões vão se tornando difíceis de serem compreendidas, porque nem sempre fazemos do jeito que queremos em função de atender a orientação social de comportamento exemplar. Tudo fica muito confuso.


Mas, a pressão social é forte, os paradigmas que constroem as crenças parece terem raízes profundas as quais são muito difíceis de serem arrancadas e cedemos para ficar contra tudo e todos.


Perdemos a naturalidade e tudo que antes era tão simples começa a ficar complicado, porque quanto mais complicado mais valorizado.


Isso nos assusta, passamos a sentir medo.

Temos medo de sexo, amor, dinheiro, poder, realizações, sentimentos, relacionamentos...

Somos forçados a criar uma casca protetora para se defender do próximo, mesmo os mais próximos quando antes tudo e todos estavam sempre disponíveis e dispostos a nos ajudar e nossa reação era reconhecimento afetivo demonstrados num simples olhar acompanhado de um largo sorriso natural das crianças de pouca idade.


Criamos tantas defesas em razão de nossa vulnerabilidade que acabamos por não sentir mais nada. Somente medo e dor quando é muito aguda pela perda. A perda do bem ou de pessoas que estamos agarrados, atados, como se fossem nossa ancora de segurança. Nosso porto seguro no mar revolto de aflições que a vida nos representa na nova caminhada.


Evolução então, nem pensar...


Estamos ocupados em ganhar dinheiro, ter, possuir objetos e pessoas para nos tornarmos fortes, seguros, ter todos os direitos preservados.


Então chega um momento em que sentimos que a caminhada é pesada, dolorida. Não é mais como antes quando éramos crianças, que experimentávamos pelo simples fato de aprender pelo sentir e depois decidir.


O tempo urge e não temos mais tempo para decidir e tudo começa a ser escolhido pelo habito de fazer e assim fazemos tudo o que todo mundo faz porque não podemos perder tempo em experimentar para decidir e se todos fazem assim deve ser bom e também fazemos.


Fazemos tantas coisas que nem sabemos por que fazemos que não nos damos conta que estamos dirigindo nossa espaçonave para o infinito na perdição.


A vida vai chegando numa encruzilhada e o formato normal de fazer as coisas não serve como regra para tomar a decisão do caminho a seguir. São as encruzilhadas que nos colocamos para decidir voltar a sentir o que viemos fazer aqui e para que sirva esse corpo físico...


As dores tomam conta de nosso corpo. Apresentam-se na forma de doenças do corpo, do bolso, do coração sentimental. E parece que os remédios que estamos acostumados a ingerir para amenizar a dor não resolvem. Procuramos médicos, especialistas, doutores, da educação, do direito, da medicina, dos sistemas e nada! Parece que não há solução.


Então voltamos as origens. Passamos a sentir novamente o corpo para conseguir ouvir e entender o que a dor está nos mostrando. É o momento que nos voltamos para nós mesmos e lembramos que viemos sem manual de instruções e sem garantias. Passamos a buscar soluções dentro de nós, como anteriormente ao aprender a andar ou falar.


Esse é o momento em que nos reconhecemos novamente como espíritos que está dentro de um corpo físico que é somente uma carcaça de carne e que serve como instrumento de navegação, mas o comando dessa nave está no sentir, que se encontra na alma.


Quando conseguimos entender, iniciamos uma nova caminhada rumo ao nosso interior porque é dentro de nós que está a solução para tudo.


Tudo o que precisamos está dentro de nós e isto é tão verdadeiro que chegamos e partimos sem manual de instruções, mas, conseguimos alçar nosso voo.


Evoluir é uma questão de escolha, faça a sua e passe a sentir para entender o que você está fazendo aqui.


Até a próxima.

Darcio Cavallini

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